quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um Cidadão que não pode ser esquecido


(Leandro Lourenço)

63 pinos implantados no rosto, esse foi o resultado após a atitude heroica do Vítor Suarez Cunha, 21 anos, ao defender um morador de rua de cinco supostos covardes na Ilha do Governador (RJ) no dia 03 de fevereiro.

O estudante Vítor estava em uma praça com mais dois amigos quando eles perceberam que alguns jovens agrediam covardemente um mendigo. Ao abordar os autores do ato cruel, Vítor foi alvo de chutes no rosto, seu amigo foi impedido pelos agressores de se aproximar para defendê-lo. Na confusão, o mendigo fugiu.

Com os sinais de tamanha brutalidade sofrida, Vítor deixou o hospital nessa quarta-feira (08) amparado pela família. Ao falar com a imprensa sobre o ocorrido, o estudante se emocionou e não se arrependeu do que fez, segundo ele, faria tudo de novo se fosse preciso. Além disso, ele não considerou seu ato heroico.

Vítor está completamente enganado. Seu ato, além de ser uma prova de coragem e heroísmo, é um exemplo para todos nós. Quantas vezes nós já presenciamos fatos que no mínimo fingimos não vermos por puro comodismo ou até mesmo por falta de amor ao próximo?

A atitude admirável desse estudante é tão grandiosa que não vale a pena ocupar esse texto para falar da covardia imensurável dos supostos agressores. Julgá-los cabe à justiça, que apesar de não termos muita confiança nela precisamos mesmo assim acreditar.

Como disse o Vítor, "O que a gente pode fazer hoje, amanhã vai mudar. Hoje aconteceu isso comigo. Pelo menos uma, duas, três pessoas vão pensar alguma coisa, vão ensinar para os filhos deles. Não adianta pensar que uma atitude vai mudar o mundo, mas pequenas coisas vão mudando". O que falta na nossa sociedade além de exemplos como esse é pessoas que pensam como o Vítor, que usem o caso dele para mostrar aos seus filhos como é ser uma pessoa digna e heroica a ponto de ser copiada, que pequenas atitudes podem sim contribuir para um mundo melhor.

(Texto do meu amigo e futuro Jornalista Leandro Lourenço, estudante de Jornalismo da UFMG)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Estou ficando louco...


Com essa bendita monografia que parece não ter fim. Sempre que faço uma parte e reviso, sinto que preciso recomeçar porque simplesmente parece um... LIXO!!

Como não tenho a capacidade de Augusto de Campos em transformar LIXO em LUXO, resta-me ter paciência e fazer tudo outra vez se for preciso. Até porque meu orientador já bateu o martelo: - "Caio, seu tema é maravilhoso e pode render um bom documento científico. Esmere-se na sua produção que terás um grande êxito. Mas se você fizer qualquer porcaria eu pulo fora!!"

Tão ameaçado estou que não me sinto com cabeça sequer para atualizar meu querido e amado blog. Por isso, aos meus queridos leitores, além da desculpa pela demora nas atualizações, eu peço um pouco de paciência para que este que vos fala se liberte das algemas acadêmicas e possa, enfim, desfrutar do deleite de vossa companhia!

Para ajudá-los a terem um pouco mais de paciência e calma na espera, escutem e reflitam sobre essa lindíssima música de Lenine:


domingo, 1 de novembro de 2009

As aventuras do The Zé Mané!!

Apresento aos leitores do Momento Livre uma pequena animação gráfica do meu grande amigo Abel Rocha. Ele é formado em Artes Visuais e sempre se interessou por esse tipo de animações em flash. Resolveu então elevar sua criatividade e talento para a vida profissional, para a felicidade de todos nós, claro!!

Confiram um dos seus ótimos trabalhos e aproveitem para dar uma boa conferida no seu mais recente blog: www.abelnet.2u.blog.br/


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Singela homenagem rubro-negra...

A morte de um ente querido é sempre uma barra pesada de segurar. A dor da ausência é aguda e silenciosa. A sensação da perda é uma amálgama da incerteza da "ideia de morte" com a certeza angustiante da ideia de "nunca mais".



Mas o silêncio interior da perda, que perpassa por nós como um eco numa mata fechada, eternizando-se no ar até o infinito, pode ser levemente preenchido pelo som de uma bela canção, que "reviverá" um amigo que se foi toda vez que seus versos e acordes se repetirem nos ouvidos e na alma de quem toca - e de quem houve também.

As canções de Roberto Carlos à Maria Rita, simbolizando a luta eterna do seu amor à dura ausência determinada pela perda; O amor de Pai, que sempre se renova e se eterniza na bela canção de Fábio Jr... são provas de que a Arte sempre vencerá a morte e que a amizade verdadeira impor-se-á eternamente aos ditames arbitrários do destino.

Ontem eu estava vendo (e ouvindo) uns vídeos do Youtube e me deparei com uma bela homenagem de um guitarrista ao seu irmão rubro-negro, falecido em junho de 2008. Ele fez uma versão acústica do bonito hino do Flamengo e a dedicou aos bons momentos que viveu com o irmão durante os jogos do seu clube de coração.

A homenagem tão singela foi capaz de emocionar até a mim, vascaíno convicto!

Parabéns ao valoroso rubro-negro. São sentimentos assim que precisamos alimentar em nossas vidas e em nossos corações.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O fim da "paradinha" no futebol!

J. Blatter, presidente da FIFA. (FONTE: oglobo.globo.com)


O presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, em evento realizado ontem no Rio de Janeiro, informou que está nos planos da entidade máxima do futebol o fim do recurso da paradinha nas cobranças de pênalti. A notícia já está gerando polêmica no meio esportivo, sobretudo por parte daqueles que enxergam na paradinha um artifício para dar mais emoção às penalidades, que proibi-la seria o mesmo que “dogmatizar” excessivamente o futebol e que a FIFA deveria estar mais preocupada com questões que inibam jogadas truculentas, racismo e arbitragens desastrosas, por exemplo.

De fato, muitos percalços no futebol precisam ser revistos para que o espetáculo se torne mais atraente, justo e menos troglodita. Definir regras mais específicas para jogadas agressivas, que não dêem margem a diversas interpretações do árbitro; acabar com a diferenciação, a meu ver estúpida, de “mão na bola” ou “bola na mão” dentro da área; redimensionar a condição de impedimento (estar impedido por 2 cm de diferença é sacanagem!!), entre outras, são algumas das questões que precisam ser postas em pauta pelo senhor Blatter.

Mas, sobre as paradinhas serem “mais emocionantes”, eu fico me perguntando: mais emocionantes pra quem? Pro goleiro, que vê sua chance de realizar a defesa praticamente reduzida a zero com toda certeza não é!

A paradinha é uma das maiores imoralidades do futebol contemporâneo. Ela fere drasticamente o princípio da igualdade de condições em qualquer disputa limpa de qualquer modalidade esportiva. Os que a defendem argumentam que ela é justa porque oferece mais privilégios ao clube que sofreu a infração, como uma forma de compensação. Ora, eu ainda não estava a par de que havíamos regredido ao período mesopotâmico da História! Agora é Lei de Talião? Olho por olho, dente por dente??

A cobrança de pênalti em si já é uma retaliação mais do que suficiente para punir o clube infrator. Não há barreira formada nem grande distância entre o goleiro e o batedor. As chances de a bola entrar já são maiores que a de haver a defesa, bater na trave ou sair pela linha de fundo. Isso basta como compensação. Além disso, se aceitamos o recurso da paradinha, partimos do princípio de que todas as jogadas que originam pênaltis fatalmente terminariam em gol, o que não é verdade. Por isso se deve dar ao goleiro a possibilidade de defesa.

A paradinha precisa mesmo ser abolida do futebol. Não tem cabimento - pelo menos é o que eu penso - tentar compensar um erro (o da infração em si) com outro ainda pior. O ideal é que se descubram formas de se evitar (ou ao menos diminuir) os dois erros. E isso é aplicável não apenas no futebol, mas na vida. É uma questão de princípios, sobretudo.

O grande mestre do rádio esportivo, Luiz Mendes, fez ontem, no pré-jogo entre Vasco e Figueirense, pela Rádio Globo/ CBN, uma colocação com a qual eu sempre concordei: além de tornar o lance em si algo ruim de se ver, a paradinha se caracteriza como jogo sujo porque não oferece ao goleiro praticamente nenhuma chance de defender a bola. É quase uma forma de humilhar o adversário e isso é inaceitável para os princípios de uma disputa entre iguais. Em contrapartida, deve-se reavaliar a possibilidade do arqueiro não poder se movimentar na hora do pênalti, a não ser em cima da linha do gol.

Assino embaixo das palavras do mestre Luiz Mendes e espero que a decisão da FIFA seja categórica!